Na dica de leitura de hoje quero falar sobre três livros que eu li e que, apesar de terem histórias totalmente diferentes, há algo em comum entre os personagens: cada um, apesar de ser apenas uma criança, vive em uma realidade/situação duríssima.

Provavelmente você já ouviu falar, e algumas pessoas já até leram esses livros. Dois deles se passam na mesma época, durante a Segunda Guerra Mundial, e o outro, se passa na década de 1950. Vamos lá.

O Jardim dos Esquecidos

O Jardim dos Esquecidos é o primeiro livro da Saga dos Foxworth, escrito por V. C. Andrews, e conta a história de uma família feliz, até que certo dia, um acidente de carro mata o pai, e faz com que a mãe e os quatro filhos fiquem sem dinheiro para manter a casa onde moram. Diante dessa situação, Corrine, se vê obrigada a pedir ajuda a seus pais, que há anos não falam com ela. Corrine e os quatro filhos, Cathy, Cory, Chris e Carry mudam-se, então, para a mansão dos Foxworth, mas com uma condição: as crianças terão que ficar no sótão, pois o avô não sabe de suas existências.

Aí começa a triste saga dos quatro irmãos. Presos num sótão sem poder ver a luz do sol, e se alimentando somente das coisas que sua avó traz numa cesta, as crianças começam a adoecer, e questionar se algum dia sua mãe contará ao pai que teve quatro filhos no seu casamento, e se poderão sair daquele lugar escuro e empoeirado. Durante todo o livro, as crianças sofrem horrores enquanto estão trancafiados. Um livro antigo, mas que vale muito a pena ler.


O Menino do Pijama Listrado

Em O Menino do Pijama Listrado, o personagem principal é Bruno, de 8 anos, que vive na Alemanha no período do Nazismo. Apesar de não se dar conta, Bruno vive em um dos períodos mais macabros da história da humanidade. No decorrer da narrativa, a família do garoto se muda de Berlim por conta do trabalho do pai, que é um oficial nazista. A partir de então, Bruno começa a se sentir só, por não ter amigos, como antes em Berlim, e acaba fazendo amizade com Shmuel, um menino judeu da mesma idade, que vive em um campo de concentração perto da casa de da família de Bruno.

Para Bruno, com sua inocência e sem saber das atrocidades da época, o campo de concentração é uma fazenda, onde as pessoas são "esquisitas" por usarem pijamas durante o dia mas, para Shmuel, aquele local significa a perda da liberdade e da infância. Uma história comovente.

O Diário de Anne Frank

No sótão de uma casa em Amsterdam, por dois anos, viveu a família Frank. O Diário de Anne Frank, foi, de fato, um diário escrito por Anne, narrando seus sentimentos e pequenos acontecimentos do dia a dia no decorrer dois anos em que a família permaneceu escondida, durante o holocausto.

O livro consegue transmitir o medo e esperança que Anne e a família sentiam a cada nova notícia sobre a guerra. O medo de que a qualquer momento fosse descoberto seu esconderijo, e a esperança de que a guerra terminasse e que pudessem voltar às suas vidas normais.

O Diário de Anne Frank é incrível, porque, através dos olhos de uma garotinha, conseguimos sentir um pouco de como foi viver durante um dos piores períodos da história, e refletir para que nada desse tipo aconteça novamente. Enfim, um livro que, na minha opinião, deveria ser lido por todos.