A Convidada, de Simone de Beauvoir | Primeiras impressões
março 05, 2018
 Sinopse: Nada, nem mesmo a guerra iminente, parece capaz de ameaçar a ligação de Pierre e Françoise, até o surgimento da misteriosa Xavière, jovem provinciana que vai morar em Paris. Françoise - escritora de trinta anos -, buscando preservar sua relação com o homem que ama, terá de encontrar uma forma de livrar-se da presença sufocante da outra, se não quiser ver sua felicidade irremediavelmente destruída. Este livro profundamente humano - e que, como a própria autora reconheceu, revela muitos elementos autobiográficos - tem como pano de fundo os meses que precederam e que imediatamente sucederam a eclosão da 2ª Guerra Mundial, descrevendo num estilo ágil e vibrante a boêmia intelectual parisiense do final dos anos 30.* |
Título: A Convidada
Número de páginas: 488
Ano: 1986
Editora: RioGráfica
Autor: Simone de Beauvoir
Número de páginas: 488
Ano: 1986
Editora: RioGráfica
Autor: Simone de Beauvoir
Oi pessoal, no post de hoje quero falar sobre as minhas primeiras impressões sobre A Convidada, da Simone de Beauvoir.
Comecei a ler esse livro já tem um tempinho, mas sempre acabo começando outro e deixando ele meio de lado. No fim, sempre volto e leio algumas páginas dele, e foi o que fiz essa semana, quando a bateria do meu Kindle resolveu acabar bem no meio de um capítulo de A Fúria dos Reis.
O livro não é ruim, mas não está sendo uma das minhas leituras preferidas. A narrativa é bem parada, já que boa parte da história é reflexão da Françoise a respeito da vida e de seu relacionamento com Pierre.
Já estou na página 200, e até agora não sei exatamente qual o tipo de relacionamento existe entre a Françoise e o Pierre. Tudo o que percebo é que eles tem, sim, uma ligação e a relação que tinham, seja ela qual for, parecia inabalável, até que a Xavière (diga-se de passagem, uma personagem odiosa), apareceu e está conseguindo abalar.
O que me irrita profundamente, é que a Françoise está vendo sua relação se abalar, e ainda assim continua mantendo a Xavière por perto, como se precisasse ou devesse isso à ela. Enquanto isso, Pierre também não se dá conta de que a Françoise não está se sentindo bem na presença da Xavière. Ou seja, ninguém faz nada, e a bendita continua como uma sombra pairando sob o relacionamento.
Não sei se eu não entendi até agora o que li, mas essa relação Pierre-Françoise é estranha. Não sei se é algo mais aberto, ou se o que existe fica mais no platônico mesmo, porque até agora não houve nenhuma cena mais íntima entre o casal.
Quanto a Xavière, ela é uma personagem que só consigo sentir ódio. Definindo-a com três atributos, posso dizer que é mimada, obsessiva e do tipo que quer tudo do seu jeito. Impossível sentir qualquer simpatia por ela.
Enfim, apesar dos pesares, sinto vontade de terminar de ler, porque estou curiosa para saber se a Françoise consegue se livrar desse encosto chamado Xavière.
Vocês já leram A Convidada? Gostaram do livro?
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