A maleta da sra. Sinclair | Resenha
abril 25, 2019"Estude os livros , sinta o cheiro deles, ouça o que dizem. Você será recompensada."
Autor: Louise Walters
Título: A Maleta da Sra. Sinclair
Número de páginas: 352
Ano: 2015
Editora: Essência
Nota: ★★★★★♥
Leve e deliciosa, assim poderia ser descrita a leitura de A maleta da sra. Sinclair, livro de estreia da inglesa Louise Walters. O livro é contado em duas épocas distintas: durante a Segunda Guerra Mundial e atualmente, e a autora intercala a história de Dorothea e Roberta Pietrykowski, avó e neta, respectivamente.
Na casa dos 30 anos, a solitária Roberta trabalha na livraria Old & New como vendedora. Lá ela se vê fascinada no meio de tantos livros e descobre que eles trazem bem mais do que somente as histórias escritas pelos autores. Roberta ama encontrar cartas, bilhetes e fotografias no meio dos livros, e acaba formando seu próprio acervo desses fragmentos de vidas esquecidos entre as páginas.
Philip também me disse uma vez:
— Os livros contam mais histórias do que aquelas impressas em suas páginas.
E aquilo era novidade para mim? Não era. Livros cheiram, livros chiam, livros falam. Ao segurar um livro, você tem nas mãos uma coisa viva, que respira e sussurra.
Do outro lado do tempo, temos a introspectiva Dorothea, que passa seus dias lavando, engomando, limpando e cozinhando em sua casa simples do interior. Sozinha desde que o marido a deixou para ir à guerra, Dorothea se vê infeliz em seu casamento e sem perspectivas desde que perdeu seu filho ainda no nascimento. Seus afazeres são a única forma de manter o pensamento afastado da dor da perda do filho.
No meio de tanta angústia, Dorothea vê uma oportunidade de por fim em tudo quando avista um avião de guerra caindo em um campo próximo da sua casa, e corre ao encontro do ocaso. Sem sucesso em seu plano, a mulher tem apenas alguns ferimentos.
O ânimo de Dorothea muda quando conhece Jan, um piloto polonês que foi visitá-la na intenção de agradecer pela sua tentativa de "salvar" seu companheiro de guerra enquanto o avião cai. Isso era o que todos pensavam que tinha acontecido.
No meio de tanta angústia, Dorothea vê uma oportunidade de por fim em tudo quando avista um avião de guerra caindo em um campo próximo da sua casa, e corre ao encontro do ocaso. Sem sucesso em seu plano, a mulher tem apenas alguns ferimentos.
O ânimo de Dorothea muda quando conhece Jan, um piloto polonês que foi visitá-la na intenção de agradecer pela sua tentativa de "salvar" seu companheiro de guerra enquanto o avião cai. Isso era o que todos pensavam que tinha acontecido.
Mas em que ponto a história de avó e neta se encontra? Tudo começa quando, em certo dia, o pai de Roberta dá a ela uma maleta que pertencia à Dorothea. Nela, Roberta encontra uma carta destinada a sua avó que a deixa intrigada sobre o seu passado e sobre tudo o que sabe a respeito de sua família.
Começar uma leitura por causa do título, quem nunca, não é mesmo? Foi assim que resolvi dar uma chance e abrir A maleta da sra. Sinclair. Um livro de leitura leve em que a autora consegue nos transportar diretamente para a cozinha de Dorothea ou para a livraria Old & New, e nos fazer observar a tudo enquanto lemos sem nem sair do lugar.
O livro em si não é misterioso, nem tem grandes acontecimentos. Basicamente, Roberta descobre uma carta que põe tudo o que sabe sobre a família em jogo, e até metade do livro o leitor já pode sacar tudo. O que o torna tão bom, e digno de ter entrado na minha lista de favoritos, é a honestidade com que a autora retrata o cotidiano de Dorothea.
Louise Walters retratou a personagem de uma forma tão convincente, que consegui sentir sua dor e sua força e, quando Jan partia com sua bicicleta, também ficava com o coração apertado e esperançosa aguardando sua próxima visita.
Se dependesse da Roberta, a autora teria que ter feito muito mais. Dorothea com certeza cativou, e sem ela o livro seria só mais um entre tantos. Quanto ao final, não foi o que sempre esperamos. Foi algo mais real, plausível e convincente, e foi essa dose de realidade me fez gostar tanto da leitura.
Começar uma leitura por causa do título, quem nunca, não é mesmo? Foi assim que resolvi dar uma chance e abrir A maleta da sra. Sinclair. Um livro de leitura leve em que a autora consegue nos transportar diretamente para a cozinha de Dorothea ou para a livraria Old & New, e nos fazer observar a tudo enquanto lemos sem nem sair do lugar.
O livro em si não é misterioso, nem tem grandes acontecimentos. Basicamente, Roberta descobre uma carta que põe tudo o que sabe sobre a família em jogo, e até metade do livro o leitor já pode sacar tudo. O que o torna tão bom, e digno de ter entrado na minha lista de favoritos, é a honestidade com que a autora retrata o cotidiano de Dorothea.
Louise Walters retratou a personagem de uma forma tão convincente, que consegui sentir sua dor e sua força e, quando Jan partia com sua bicicleta, também ficava com o coração apertado e esperançosa aguardando sua próxima visita.
Se dependesse da Roberta, a autora teria que ter feito muito mais. Dorothea com certeza cativou, e sem ela o livro seria só mais um entre tantos. Quanto ao final, não foi o que sempre esperamos. Foi algo mais real, plausível e convincente, e foi essa dose de realidade me fez gostar tanto da leitura.
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